quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

http://cartunistasolda.blogspot.com/2008/10/foto-de-diego-singh.html

Aí em cima, o link da coluna do Dante Mendonça, roubado do blog do Dom Solda de Itararé, "Porque hoje é sábado"; coluna da qual pariticipei no ano passado. Foi divertido e depois de mais de um ano deixo aqui pros amigos que não leram.

sábado, 22 de agosto de 2009

Essa estava no Blog do Dom Solda de Itararé

Amigo de várias batalhas, o Popa, Luciano Popadiuk, esse ucraniano maluco da banda Os garotos chineses. Essa foto pesquei no site do Dom Solda de Itararé. Apareçam, meus camaradas de bom humor e fina ironia. Somos uma escola. E com Solda mais a jornalista Miriam Karam (saudade, viu) formei uma banda chamada Rivotrio Elétrico. Essa foto é do dia do lançamento da coleção Antena, da Kafka Edições, lá no Beto Batata. Em outubro do ano passado.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Futuro Presente


Confirmado: dia 17 de agosto, nas Livrarias Curitiba, o lançamento da coletânea Futuro Presente, de Ficção Científica, organizada pelo Nelson de Olveira. Sai pela Editora Record. Quem passar por aqui, está convidado, o time científico está no convite acima, clica aí no bichinho e vai ver. Abraços marcianos a todos.
Essa é a segunda publicação em que participo no ano. Um ano de gripe e até agora meio estranho. Sabe aquele ano em que você sente que falta algo? E a ficção não preenche. Pode só aliviar. Ei-la. O leitor que invente mundos outros a partir daí. E crie um mundo ao menos sem gripe.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Nosotros en Perú

A antologia 90-00 Cuentos brasileños contemporáneos será lançada no Peru, dia 25 de julho, às 20h30, na 14ª Feria Internacional del Libro de Lima. A antologia foi organizada por Maria Alzira Brum Lemos e Nelson de Oliveira, tradução de Alan Mills e José Luis Sansáns, publicada pela Ediciones Copé, selo editorial da Petroperu .
Participam da antologia:
90: Ademir Assunção, André Sant’Anna, Edyr Augusto, Fausto Fawcett, Joca Reiners Terron, Luci Collin, Marcelino Freire, Maria Esther Maciel, Rinaldo de Fernandes, Ronaldo Bressane, Sérgio Fantini.
00: Ana Paula Maia, Andréa del Fuego, Daniel Galera, João Filho, Marcelo Barbão, Michel Melamed, Paulo Sandrini, Paulo Scott, Santiago Nazarian, Veronica Stigger.
Na mesma feira, Maria Alzira Brum Lemos lança seu La Orden Secreta de los Onnitorrincos, pela editora Borrador.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Oficina em Caracas

A convite "del cabrón" Leo Felipe Campos, grande hermano, editor da excelente revista "Plátano Verde" [http://www.platanoverde.com/platano_blog/?page_id=3] e também da super bem projetada "2021 Pura Ficción" [http://vimeo.com/2217166], uma oficina de criação em Caracas, no Instituto Cultural Brasil Venezuela. Siguen abajo las informaciones. Taller de escritura a cargo del novelista brasileño Paulo Sandrini A partir de algunos cuentos y preceptos de Edgar Allan Poe, Horacio Quiroga, Clarice Lispector, Julio Cortázar y Osvaldo Lamborghini, Paulo Sandrini propondrá ejercicios introductorios para trabajar con la inventiva desde la materialidad del texto. En la conversación sobre esas lecturas se ubicará la clave para construir pequeñas historias que tendrán en la violencia al motor de nuestra imaginación. Del lunes 03 al jueves 06 de agosto. De 2 a 6 pm. En la sede del Instituto Cultural Brasil Venezuela (Av. San Felipe, entre 1ª y 2ª transversal de La Castellana, Qta. Degania. 266-14-76 / 266-4302). Costo: BsF. 200 Interesados, enviar un cuento a violentaimaginacion@gmail.com Una vez que le avisemos que ha sido seleccionado como participante, favor realizar depósito o transferencia a la cuenta del BANCO: VENEZOLANO DE CREDITO. A NOMBRE DE: INSTITUTO CULTURAL BRASIL VENEZUELA, y enviar voucher o constancia de transferencia al numero de fax 266-4302 o a la dirección electrónica administración@icbv.org.ve. Para mayor información comunicarse al INSTITUTO CULTURAL BRASIL VENEZUELA: 0212 266-14-76 / 0212 266-43-02

domingo, 14 de junho de 2009

Retrato do artista quando pirralho


Eis aí o retrato do pequeno Gianluca Sandrini. Que hoje, dia 14 de junho, completa 3 anos de idade e já está a brandir seus pincéis expressionistas contra o racionalismo do mundo. Influências? Segundo a opção estética do próprio fedelho, Miró e Munch. Na imagem, a confecção de sua primeira tela, após vários ensaios em papel. Isso aí, meu molequinho, feliz aniversário e todo as cores do papai na sua pequena alminha de artista.

Coletânea de FC Futuro presente

Confirmado: a coletânea de contos Futuro presente – dezoito ficções sobre o futuro, organizada por Nelson de Oliveira, terá lançamento nacional dia 5 de agosto (quarta-feira), em São Paulo, na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915). Nessa data me teleportarei para SP. A coletânea está saindo pela Ed. Record. Os autores que a integram são os seguintes: André Carneiro, Andréa del Fuego, Ataíde Tartari, Carlos André Mores, Charles Kiefer, Deonísio da Silva, Edla van Steen, Hilton James Kutscka, Ivan Hegenberg, Luiz Bras, Luiz Roberto Guedes, Márcio Souza, Maria Alzira Brum Lemos, Maria José Silveira, Mustafá Ali Kanso, Paulo Sandrini, Rinaldo de Fernandes e Roberto de Sousa Causo. Participo da coletânea com As infalíveis H. Destaque para a presença do André Carneiro, nosso autor clássico de FC e que para minha grande honra esteve no lançamento da coleção Antena em outubro passado aqui em Curitiba (junto do Mustafá Ali Kanso).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pequeno trecho de um grande livro

Assim é que começa O impostor no baile de máscaras, do inesquecível Manoel Carlos Karam:

"Nota de cabeça de página
Arranquei do dicionário a palavra paixão. Carrego comigo."

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Trechos de grandes livros (I)

A pena do Cornélio Hoje me deu na telha de postar aqui trechos de livros os quais volto a reler. Se não os leio inteiros novamente, ao menos me detenho em certas partes por algum bom tempo. Entre os meus desorganizados livros, queria muito encontrar um: Fronteira, de Cornélio Penna. Depois de meses, achei-o. E essa é a obra mais densa e escura que já li na literatura brasileira. Além fazer partedas conquistas formais das vanguardas do início do século passado (foi escrita na década de 1930), traz características do romance gótico e da tradição fantástica. Até hoje um marco na nossa literatura assolada pelo realismo. Cornélio Penna foi pintor, o que de certo modo dá a sua ficção uma riqueza de imagens incomum. O tom é introspectivo e fragmentário. Sempre nebuloso. E, bem, sobre o livro há alguns estudos por aí e a obra do autor foi bem resgatada nos últimos anos. Contudo eu não sabia do filme. O que, para a minha ignorância, foi uma boa surpresa. Vai lá, veja o site da película: http://www.fronteira.art.br/. XLIII Ficara em mim, como um remorso novo, a minha visita à igreja, e, entre as acusações confusas, logo abafadas, que me fazia, sobrepujava sempre a de que lá não encontrava Deus, porque fora involuntariamente. E um dia, vesti-me lentamente de negro, e dirigi-me para a Matriz, onde pregavam Missionários que percorriam toda a Mata, e caminhava trêmulo, como se fosse ao encontro do Senhor, sem humildade e sem pureza, mas com a vontade toda exterior de encontrá-lo, mesmo à custa de minha razão. Ajoelhei-me e passei longos momentos, de olhos cerrados, sentindo-me só no meio da multidão também ajoelhada, só, horrivelmente só, longe de toda a vida, de toda inteligência, e, sobretudo, de toda bondade. E o sopro morno da febre da solidão, essa quietude doentia, essa dor de tudo que vive, me embriagava lentamente, e não queria despertar mais nunca... Nessa hora de prostração total lembrei-me de que todos os entes que amei se afastaram, uns com tédio, outros com um sonho diferente dormitando dentro do coração, outros com a verdade no fundo das pupilas límpidas, e reconheci que não tinha forças para criar um amor novo ou uma amizade nova, e qualquer esforço que fizesse, nesse sentido, seria criminoso.

domingo, 24 de maio de 2009

Houellebecq (duas traduções minhas)

“Seja destruído tudo o que tiver brilho.”

Os habitantes do Sol lançam sobre nós um olhar
[impassível:
À Terra pertencemos definitivamente
E aqui apodreceremos, meu amor impossível,
Jamais se tornará luz nosso corpo doente.



Garota

A garota de cabelos negros e lábios muito finos,
De quem tudo sabemos sem jamais tê-la encontrado
Além de nossos sonhos, pinça com gadanhos aquilinos
As tripas palpitantes de nosso ventre arrebentado.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por que o simples ato de lavar as mãos matou um grande médico mas nos deu um dos grandes escritores do século passado.

Dr. Semmelweiss
Para evitar o contágio pelo vírus H1N1 recomenda-se, entre outras coisas, o simples ato lavar as mãos. Mas saibamos que tal ato higiênico, aceito sem grandes questionamentos hoje, já foi em outros tempos motivo de muita dor de cabeça e muita loucura. Sobretudo para o húngaro Ignaz Semmelweis. Foi ele, jovem médico nos meados do século XIX, quem deu os primeiros passos na luta contra as infecções (nesse caso, bacterianas) mesmo sem saber ainda que se tratava de “doenças causadas por microrganismos”. Ele foi a primeira pessoa de que se tem notícia a valorizar a importância de se lavar as mãos. O procedimento por ele idealizado foi a pedra fundamental para o início do processo de controle de contaminação em hospitais. O médico percebeu que o número anormal de mortes em recém-nascidos, numa das alas do Hospital Geral de Viena, era devido à transferência do que ele denominou de “partículas putrefeitas”. A transferência se dava pelas mãos dos médicos que realizavam necrópsias e também atendiam aos partos. Dr.Semmelweis obrigou seus alunos a seguirem um rigoroso procedimento de higiene das mãos, reduzindo drasticamente a mortalidade dos recém-nascidos. Apesar dos resultados, a situação provocou uma série de discussões, críticas e maledicência entre os colegas de Semmelweis, que se opuseram à sistemática de higiene imposta, o que levou o jovem médico a abandonar Viena e a regressar à Hungria. Porém, nem em seu país a vida se tornou mais fácil. Semmelweis não sabia que o eco dos tumultuosos acontecimentos de Viena havia chegado até ali. Os distúrbios mentais, de que sofria, começaram a ficar cada vez mais graves. Até que um dia, num repentino acesso de ira enquanto fazia uma necropsia, se feriu numa das mãos e, tal como com o seu amigo Kolletschka, a infecção daí resultante disseminou-se tão rapidamente pelo braço que Semmelweis veio a falecer por conta do ferimento. (fonte: http://www.sbcc.com.br/revistas). Essa história do médico húngaro também pode ser encontrada num dos livros, aqui recomendado, de um dos grandes autores da literatura ocidental, o francês Louis-Ferdinand Destouche, pra quem não sabe: simplesmente Céline. O livro A vida e a obra de Semmelweis (Cia. da Letras) foi tese de doutorado do escritor defendida na faculdade de medicina de Paris, em 1924. Antes de morrer, Céline confessou que foi essa tese que lhe deu a idéia de se tornar escritor. Vejam só: por causa do ato de lavar as mãos, perdemos o gênio Semmelweis, ganhamos da febre puerperal, estamos empatando com a gripe suína (até agora), mas sobretudo, enfim, ganhamos um grande escritor (deixando de lado suas apologias ao anti-semitismo, é claro).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um crônica do Karam

Fluke e a crítica da ração pura

10 Ago 2007 - 03:07

CRÔNICAS DE ALHURES DO SUL

Por Manoel Carlos Karam

Lidas pelo autor na BandNews FM 96,3 às segundas-feiras, entre seis da tarde e sete da noite, e na terça-feira de manhã - ou a qualquer momento em edição extraordinária.
(6 de agosto de 2007)


Eu não sofro de dog walkers elbow.
Esta doença é a dor que sentem no cotovelo aqueles que levam os cães para passear.
Passeio com o meu cachorro conduzindo o meu amigo pela coleira, mas não tenho dores no cotovelo.
Fluke, este é o nome do meu cachorro, nunca faria tal coisa comigo.
O escritor Paulo Sandrini descobriu que o meu cachorro é filósofo.
E que escreveu o livro “Crítica da ração pura”.
O filósofo Roberto Gomes, autor da “Crítica da razão tupiniquim”, aprovou com um sorriso.
E descobriu-se ainda que o cachorro-filósofo é também cachorro-romancista.
Segundo a jornalista Katia K, ele escreveu “Ração e sensibilidade”.
Enfim, tenho mais chances de sofrer dores no cotovelo virando páginas de livros de filosofia e romances do que levando o cachorro para passear.
Dog walkers elbow.
Sofrem dores no cotovelo muitos daqueles que levam cães para passear.
Mas dor-de-cotovelo é outra coisa.
Além de ser outra coisa, escreve-se com hífen.